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Ventos do Brasil

Um desabafo, um suspiro da alma!

Ventos do Brasil

Um desabafo, um suspiro da alma!

Carpe Diem

Hoje pela manhã fui caminhar no calçadão e, embora dentro de casa estivesse uma temperatura fresca e agradável, lá fora o sol já brilhava descaradamente. Não imaginei que estivesse tão quente... A praia estava linda, com reflexos dourados sobre o mar calmo. Na areia, centenas, ou mais, de pessoas aproveitavam o restinho do verão... Não, verão não que já é outono, mas o dia parecia típico de verão, apesar de hoje já estarmos no quarto dia do outono. Uma manhã linda! Digna de ser aproveitada por quem podia estar a banhar-se de mar ou de sol. É a minha linda Meia Praia, que de acréscimo ainda recebia poda do gramado do calçadão, com muitos homens limpando, deixando-a ainda mais bonita!(Ivete K.Goulart- 24.03.2015)

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Dia de Mulher

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Hoje quis me acarinhar

Fiz-me bonita bem cedo

E me pus a passear.

Sorrindo, vitrines a olhar.

 

Então me presenteei.

Fiz-me talvez... Frívola?

Não sei.

Batom e bijus comprei

E roupas lindas. Que gabola!

 

As unhas, de rubro pintei.

E não queria conquistar

Atrair nenhum olhar.

Só pra mim me preparei!

 

Para não me esquecer

Que mesmo envelhecendo,

O meu corpo fenecendo

Mulher,não deixo de ser.

 

Diante do espelho, eu vou

Sorrindo me contemplar.

Admirar o pouco que sou

Persistindo em muito tornar.

 

No meu corpo ou no meu rosto

Pode não transparecer

As belezas que contenho

Para ao mundo oferecer

 

Minha parte eu sempre tento

Fazer do melhor que posso

Luto, trabalho, me esforço

Mundo melhor eu pretendo

 

 

A chorar, se me puser

Ainda mais tenho certeza

Que posso nem ter beleza

Mas sempre hei de ser mulher.

(Autora: Ivete Kuns Goulart )

Ciclo

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A poeira dos tempos

A madeira cortada

O pó das estradas...

O nada instalado!

As cinzas da cremação

Ou um corpo no chão...

Vira pó! É nada!

Mas um nada que se acumula,

Que ajuda a germinar novo grão.

E pode nascer então à beleza,

O trigo pra matar a fome em forma de pão

E o nada, o pó da estrada,

A lenha cortada, um corpo em cinza ou em pó,

Vira vida de novo.

E outra vez se faz pão! (Ivete K.Goulart 14.07.2014)

A Criação

 

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No início era a desordem:

transmitir, aprender, conhecer,

desbravar mundos distantes,

viajar além-mar, além tempo, além-sentimento...

Reinava o conflito, parecia um turbilhão!

O que havia de verdade,

o que era esse anseio instalado no coração?

Mas logo se fez a luz, simplicidade, encontro... Comunhão!

Ah, como tudo ficou brilhante, e claro, e alegre, e leve...

Os risos, o brilho no olhar, tudo tão soltinho como nuvens de algodão:

que doce aventura, que belo encontro, admiráveis sentimentos...

Verdadeiro clarão! Muitos se deram as mãos...

E saíram por aí tagarelando. E apreciando. E conhecendo-se. E partilhando...

Havia muita empolgação!

E tudo era tão lindo, tão bom!

Mas o melhor de tudo era o riso.

O riso barulhento, o riso em movimento, o riso ensinando a ser feliz.

Eram tão boas aquelas risadas sonoras, as tardes quentes...

Eram tão boas as conversas descontraídas, os encontros apressados ou o tempo com tempo...(Ivete Kuns Goulart) continua...

Dançar

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Ah! Músicas, melodias...

Nas canções que se faz há guerra ou há paz.

Acordes alegres,caçadas e festas,

Podam-se as arestas,faz-se comunhão de noites e dias...

Na mente histórias que eu brado de cor.

Talvez na memória, meu marco maior,recanto de dor.

Quiçá, no meu peito quebrado,imperfeito e cansado,

Neste coração que bate apaixonado ainda repleto de amor,

Eu invente canções e nelas eu dance com asas nos pés! (04.08.2009)

Ele chegou!

Sabe aquele sonho que algumas de nós têm de ser mãe? Aquele sonho que vamos alimentando dentro de nós como uma probabilidade de “um dia” termos um bebe no colo e poder dizer que é nosso, e dar-lhe um nome, apresentar aos amigos, ver todo mundo dizendo que é lindo (ainda que não seja), enquanto dentro do peito cresce o orgulho e a alegria por aquela coisinha gerada por nós? Sei que muitas de vocês mulheres me entendem, mas sei também que muito homem, apesar de não carregar um filho no seu ventre, sonha-o junto com aquela que o fará pai. E por isto me compreenderá também. Nem sempre o filho vem no momento em que o planejamos. Algumas vezes, quando damos pela coisa, lá descobrimos que estamos grávidas (os). Pois é, comigo aconteceu de sonhar com filhos (as)... E eu os (as) gerei e pari. Depois o sonho continuou, para gerar outro tipo de filhos. E quando percebi, lá tinha eu gerado meu primeiro livro. Fiquei grávida dele por puro descuido, mas é claro que não poderia abortá-lo jamais. E dei-o à luz! Hoje ele está aqui comigo. É lindo! Eu estou inebriada de alegria. E logo, logo estarei marcando uma festa de apresentação, quando vou mostrá-lo aos amigos. Não tarda! Porque a minha ansiedade é imensa! (Ivete- 02.02.2015)

Pelo mundo afora...

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Às vezes fico pensando se alguém me compreenderá... Aliás, quantas vezes de fato nos compreendemos uns aos outros? Quem disse que eu falo uma coisa e tu não entendes outra e vice-versa? Parece-me que, desde que tentaram construir a Torre de Babel, os homens nunca mais conseguiram voltar a entender-se. Claro, nas coisas mais triviais até nos percebemos, mas nas coisas da alma, do verdadeiro pensar e sentir... Não sei. Tenho a impressão que ninguém abrange ninguém. (Ivete 25.01.2015)

Nas Brumas do Tempo

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O tempo sempre é tema de conversas, de especulações, de coisas preservadas ou coisas que vão se perdendo... Algumas perdas ficam esquecidas com o tempo, mas há coisas que nem o tempo é capaz de apagar. De toda forma, vão-se formando as Brumas... Algumas vezes em consequência do tempo clima, noutras vezes por causa do tempo memória. O tempo passa ainda que muitas vezes o queiramos reter. Algumas vezes ele parece tão lento, noutras passa voando... Tudo depende o sabor do momento. O tempo nos reserva surpresas, muitas vezes nada agradáveis. Fica em nós a expectativa do tempo certo, do tempo bom, do tempo da partilha. É dolorido quando temos algo para partilhar e algum amigo parte antes de o podermos fazer. Resta crer que de onde estiver estará brilhando e que não se perderá nas Brumas do Tempo que passa, mas ficará no nosso coração para além, muito além, porque a amizade, o carinho, os laços verdadeiros entrelaçam almas. E eu espero um momento, quando partilharei com todos um pedacinho de mim nas Brumas do Tempo! Aguardem...(Ivete 25.01.2015)