Hoje pela manhã fui caminhar no calçadão e, embora dentro de casa estivesse uma temperatura fresca e agradável, lá fora o sol já brilhava descaradamente. Não imaginei que estivesse tão quente... A praia estava linda, com reflexos dourados sobre o mar calmo. Na areia, centenas, ou mais, de pessoas aproveitavam o restinho do verão... Não, verão não que já é outono, mas o dia parecia típico de verão, apesar de hoje já estarmos no quarto dia do outono. Uma manhã linda! Digna de ser aproveitada por quem podia estar a banhar-se de mar ou de sol. É a minha linda Meia Praia, que de acréscimo ainda recebia poda do gramado do calçadão, com muitos homens limpando, deixando-a ainda mais bonita!(Ivete K.Goulart- 24.03.2015)
Sabe aquele sonho que algumas de nós têm de ser mãe? Aquele sonho que vamos alimentando dentro de nós como uma probabilidade de “um dia” termos um bebe no colo e poder dizer que é nosso, e dar-lhe um nome, apresentar aos amigos, ver todo mundo dizendo que é lindo (ainda que não seja), enquanto dentro do peito cresce o orgulho e a alegria por aquela coisinha gerada por nós? Sei que muitas de vocês mulheres me entendem, mas sei também que muito homem, apesar de não carregar um filho no seu ventre, sonha-o junto com aquela que o fará pai. E por isto me compreenderá também. Nem sempre o filho vem no momento em que o planejamos. Algumas vezes, quando damos pela coisa, lá descobrimos que estamos grávidas (os). Pois é, comigo aconteceu de sonhar com filhos (as)... E eu os (as) gerei e pari. Depois o sonho continuou, para gerar outro tipo de filhos. E quando percebi, lá tinha eu gerado meu primeiro livro. Fiquei grávida dele por puro descuido, mas é claro que não poderia abortá-lo jamais. E dei-o à luz! Hoje ele está aqui comigo. É lindo! Eu estou inebriada de alegria. E logo, logo estarei marcando uma festa de apresentação, quando vou mostrá-lo aos amigos. Não tarda! Porque a minha ansiedade é imensa! (Ivete- 02.02.2015)
Às vezes fico pensando se alguém me compreenderá... Aliás, quantas vezes de fato nos compreendemos uns aos outros? Quem disse que eu falo uma coisa e tu não entendes outra e vice-versa? Parece-me que, desde que tentaram construir a Torre de Babel, os homens nunca mais conseguiram voltar a entender-se. Claro, nas coisas mais triviais até nos percebemos, mas nas coisas da alma, do verdadeiro pensar e sentir... Não sei. Tenho a impressão que ninguém abrange ninguém. (Ivete 25.01.2015)
O tempo sempre é tema de conversas, de especulações, de coisas preservadas ou coisas que vão se perdendo... Algumas perdas ficam esquecidas com o tempo, mas há coisas que nem o tempo é capaz de apagar. De toda forma, vão-se formando as Brumas... Algumas vezes em consequência do tempo clima, noutras vezes por causa do tempo memória. O tempo passa ainda que muitas vezes o queiramos reter. Algumas vezes ele parece tão lento, noutras passa voando... Tudo depende o sabor do momento. O tempo nos reserva surpresas, muitas vezes nada agradáveis. Fica em nós a expectativa do tempo certo, do tempo bom, do tempo da partilha. É dolorido quando temos algo para partilhar e algum amigo parte antes de o podermos fazer. Resta crer que de onde estiver estará brilhando e que não se perderá nas Brumas do Tempo que passa, mas ficará no nosso coração para além, muito além, porque a amizade, o carinho, os laços verdadeiros entrelaçam almas. E eu espero um momento, quando partilharei com todos um pedacinho de mim nas Brumas do Tempo! Aguardem...(Ivete 25.01.2015)